O MELHOR PRESENTE PARA SEU FILHO É A SUA PRESENÇA NA VIDA DELE!

Você sabe qual é o principal componente na construção dos alicerces morais e emocionais do ser humano? Não? Então leia até o final para saber… 

Faltam 4 meses para o Natal e os papais e mamães já devem estar se perguntando: “Que presente darei para o meu filho(a)?” Pois é… A reflexão/provocação de hoje será sobre isso, e ela é direcionada especialmente aos pais de crianças e jovens, bem como aos responsáveis por esses encantadores, enigmáticos e indefesos seres, independente da consanguinidade.

Como ilustração, contarei, antes, um episódio aparentemente banal, vivenciado recentemente por nós três. Aconteceu numa tarde qualquer, de uma terça-feira qualquer, no início das férias de julho…

Eu em casa, no computador, enquanto mãe e filha passeavam pelas ruas do centro. De repente, ouço o sinal do WhatsApp. Imediatamente, interrompi o que estava fazendo e, confirmando minha suspeita, constatei que a mensagem era de minha esposa… quer dizer… não exatamente dela.

Primeiro, veio uma foto de dois pezinhos calçando Crocs de cores diferentes. Em seguida, um áudio com uma voz infantil e dengosa, daquelas que nocauteiam qualquer Ogro. Apertei o “play” e…

– Paaai, qual dos dois você acha mais bonito? O rosa ou o preto?

– O preto, filha. – Respondo, sem hesitar.

E o papo entre nós continuou:

– Áh, pai! A mãe prefere o rosa!

– Pelo jeito, a mãe quer comprar e você está indecisa na escolha, né? Compra aquele que você mais gosta, filha.

– É, você acertou pai. Tá bom, vou pensar.

No fim da tarde, as duas retornaram com a sacola de uma loja de calçados. Curioso para saber qual foi sua decisão, e já esperando uma determinada resposta, perguntei:

– E aí filhota, qual dos dois pares você escolheu?

– Então papai… Comprei os dois! Mas a mamãe deixou, tá!?

– Sei…

E todo mundo ficou feliz!

Agora, a MORAL DA HISTÓRIA, em duas versões…

• Versão 1 (para as crianças): Visando não desagradar nem o papai e nem a mamãe quando suas opiniões são diferentes, compre os dois.
• Versão 2 (para os pais): Estejam presentes na vida de seus filhos, antes que seja tarde demais.

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A historinha acima não diz respeito a propaganda de uma marca de sandália e também não é sobre a dúvida de uma criança quando ela vai às compras. Utilizando um fato corriqueiro e com uma linguagem bem-humorada e lúdica, eu falo implicitamente sobre a importância da presença dos papais na vida dos seus filhos.

Vamos nos esforçar para participarmos de forma mais intensa de suas vidas, atuando efetivamente também quando eles compartilham conosco uma indecisão, nem que seja pelo WhatsApp, quando este for o único recurso disponível no momento.

Nossa participação deve acontecer de uma forma ou de outra, interferindo diretamente em suas ações e aprendizagens ou apenas observando-os, pois há momentos em que eles devem aprender por meio das tentativas-erros-tentativas-acertos.

Quando seu filho te chamar, pare de fazer o que estiver fazendo e ofereça sua atenção, nem que seja por um minuto.

“Ah, mas eu estava fazendo uma coisa importante e ele me interrompeu pra falar uma bobagem!!” Sim, de fato tem coisas que podem ficar para depois e nossos pequenos precisam entender isso. Porém, antes de desqualificar suas falas e atitudes, lembre-se: o que é desinteressante para nós, adultos, pode ser muito importante para as crianças. Dependendo das circunstâncias, nossa ausência ou nossa presença, mesmo que momentânea, pode determinar o rumo de suas vidas, tanto para o bem quanto para o mal.

Não podemos vacilar, pois as forças malignas estão soltas por aí, se manifestando, muitas vezes, através de influências negativas e oportunidades “sedutoras”.

Evidentemente que um dia nossos filhos caminharão sozinhos e traçarão suas próprias rotas, e o que restará de nós serão apenas memórias e lembranças do tempo em que estivemos lado a lado. É exatamente por isso que devemos prepará-los para nossa ausência. Como fazer isso? Não desperdiçando as oportunidades que temos agora, principalmente quando podemos estar juntos. No futuro, suas escolhas também serão baseadas em nossos ensinamentos e em nosso legado.

O tempo corre e escorre pelas nossas mãos, entre nossos dedos. Portanto, vamos participar mais, abraçar mais, brincar mais, como se não houvesse amanhã. Lembrando que cada pai participa do seu jeito… eu encontrei o meu.