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Tudo começou quando 4 pais fizeram, entre eles, algumas lives pelo Instagram, apenas com a intenção de compartilharem despretensiosamente suas histórias. O que tinham em comum? Filhos com deficiência. Os primeiros encontros aconteceram nos meses de maio e junho de 2020 e os participantes foram demonstrando, cada vez mais, um desejo de juntar forças para troca de informações, ideias e orientações, além de disseminar questões alusivas ao universo das pessoas com deficiencia, como inclusão, acessibilidade e capacitismo.
A partir dessa vontade – talvez inconsciente – que cada um tinha de criar uma rede de apoio ligada a paternidade atípica, o universo se encarregou de aproximá-los… mas, por enquanto, só virtualmente.
Assim, surgiu o Coletivo Pais Atípicos, já com um de seus principais objetivos definidos, que é quebrar mitos e estereótipos ainda enraizados em nossa sociedade, e outros princípios que o caracterizam, como ter uma organização horizontal, realizar reuniões regulares, tomar decisões baseadas na vontade da maioria e estabelecer algumas regras de conduta.
Hoje, o grupo responsável pelas ações conta com 14 membros, sendo 12 pais de crianças e adolescentes que possuem alguma condição limitante, e 2 pais que possuem deficiência, que é o meu caso e do Leonardo Reis, nosso querido Gigante Leo, que tem nanismo.
As rodas de conversa são mensais e acontecem de forma online. Suas pautas são diversas e definidas de acordo com as demandas trazidas pelos próprios pais. Normalmente, começam com um planejamento de ações para o próximo mês e terminam com diálogos espontâneos sobre rotinas, desafios, dificuldades ou até sentimentos represados. Brincadeiras e relatos divertidos também ocorrem, claro, principalmente quando são compartilhadas as alegrias causadas por pequenas conquistas, como um avanço obtido em um tratamento, uma nova adaptação ou aquisição de um equipamento assistivo. Afinal, tudo isso representa uma melhora na qualidade de vida das pcd’s. Em resumo, os assuntos sempre são tratados com leveza, até os mais sérios.
O propósito dessas reuniões consiste em acolher e ser acolhido, e, se há uma frase/fala que sintetiza sua essência, certamente é: “Eu entendo você, porque também vivo isso!”
Além disso, são frequentes as discussões no sentido de melhorarmos nossa atuação nas comunidades onde vivemos, como pais e cidadãos, buscando práticas de uma inclusão mais efetiva.
Outros conteúdos são abordados com frequência, como, por exemplo, os aspectos ligados à masculinidade como um todo, incluindo a necessária desconstrução do machismo estrutural e o reconhecimento de determinados comportamentos tóxicos que impactam na convivência familiar, bastante presente nesse mundo atípico. Em pleno 2021 ainda é necessário falarmos sobre tudo isso! Este assunto é urgente por diversos motivos e, um deles, é o aumento constante de casos de abandono e violência contra mulheres e crianças, entre tantas outras injustiças. Com essa premissa, o Coletivo provoca, debate e, sobretudo, convida o homem – seja ele pai atípico ou não – a se autoquestionar se o seu papel na comunidade e, especialmente, na família está sendo participativo, bem como o motiva a revisar suas crenças, pensamentos e atitudes.
Acima de tudo, trazemos reflexões sobre o ato de paternar! Não queremos servir de exemplos extraordinários, pois não somos pais perfeitos, visto que aprendemos com nossos erros e acertos, como qualquer outro pai. A disposição em expor nossas vivências objetiva ajudar, de alguma forma, outros pais que vivem a mesma experiência, independentemente do momento atual de suas ‘viagens’, que pode ser a busca ou descoberta do diagnóstico, cuidados no dia a dia, dificuldades de aceitação, dúvidas, medos, preconceitos e tantas outras questões.
Nós vivemos o PATERNAR em sua plenitude (assim como tantos outros pais do mundo)! Apesar de nossas peculiaridades, a diferença está apenas no olhar de quem nos observa. Vem com a gente! Estamos no Instagram e no Facebook.
Agora, conheça todos os integrantes e siga o Insta de cada um deles, clicando nas fotos correspondentes abaixo.
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