Áahh! A Paternidade!

UMA PATERNIDADE REAL: DESAFIOS, BRINCADEIRAS E MUITO AFETO

Eu vivo uma paternidade que, apesar de se estabelecer entre desafios e barreiras, o que prevalece é o afeto e a responsabilidade.

Em cada momento compartilhado com minha filha, 
encontrei a certeza de que nossa relação não se mede por 
padrões estéticos e sociais. 

Ser pai é uma experiência que transcende todas as barreiras, sejam elas físicas, emocionais ou sociais. Para mim, a paternidade é uma prova viva de que o amor verdadeiro é capaz de construir pontes que ligam mundos diferentes, mas igualmente repletos de significado. Como pai, trago comigo a responsabilidade e o privilégio de criar, educar e amar minha filha Lavínia, em uma relação que se torna ainda mais especial diante das singularidades da minha jornada.

Falando do meu corpo, suas limitações e deformidades nunca foram obstáculos para o amor que construímos. Pelo contrário, elas se tornaram parte da narrativa que nos une, uma história de aceitação, respeito e cumplicidade. Inexplicavelmente, minha filha valida a minha existência. Ela sempre enxergou a essência de quem sou: um pai profundamente apaixonado por ela e mergulhado em um aprendizado constante. Seu olhar nunca expressou curiosidade ou vergonha; apenas afeto e naturalidade.

A simplicidade com que Lavínia aceita minha situação é uma lição poderosa. Enquanto muitos podem ver diferenças, ela vê somente o pai que a embala, que a aconselha, que ri e chora ao seu lado. Sua capacidade de amar sem reservas reflete a pureza da infância, nos fazendo lembrar do que deveríamos ser enquanto sociedade: mais empáticos, mais humanos e mais conectados ao que realmente importa.

Em qualquer relacionamento familiar, confiança e respeito devem ser sentimentos preponderantes e recíprocos. E quando o assunto é ‘filhos’, a prática do diálogo e do acolhimento precisa ser constante, bem como o compromisso de estar atento às suas necessidades, de estar presente, de oferecer suporte e de ser a base onde eles podem construir suas asas. Ao mesmo tempo, é importante reconhecer que ser pai não me isenta de desafios e defeitos. Criar e educar uma criança é um processo repleto de aprendizados, e muitas vezes envolve dificuldades que testam nossa paciência, resiliência e criatividade, ficando ainda mais evidentes durante a adolescência, uma fase de intensas transformações e questionamentos, tanto para os filhos quanto para os pais. No entanto, é justamente nas atribulações que a paternidade se mostra como uma sagrada missão e um caminho de crescimento conjunto.

Em casa, cuidado, resistência e persistência são marcas que sempre permearam nossas rotinas. Ser pai da Lavínia é uma virtude, uma vivência que me ensina diariamente que o amor não se curva diante das limitações ou das aparências, e que nossa relação não se mede por padrões estéticos e sociais. Minha condição é uma parte de quem sou. Nossa história mostra ao mundo que o essencial é invisível aos olhos, mas profundamente sentido pelo coração.

Pai de Rodinhas

A vida é da cor que a gente a pinta.

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